Os conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gustavo Tadeu Alkmim (desembargador do TRT da 1ª Região/ RJ) e José Norberto Lopes Campelo, acompanhados pelo juiz auxiliar da Presidência, Bráulio Gusmão, apresentaram nesta quarta-feira, dia 18/5, aos presidentes, corregedores e responsáveis pelas áreas de Tecnologia de Informação dos Tribunais Regionais do Trabalho, o Sistema PJe 2.0, desenvolvido pelo órgão, que deve entrar em operação em junho. Também estiveram presentes os juízes da Presidência do TST, Fabiano Coelho (coordenador nacional do PJe da Justiça do Trabalho) e Maximiliano Pereira de Carvalho.

Alkmim destacou os benefícios do processo judicial eletrônico para a sociedade brasileira e o pioneirismo da Justiça do Trabalho, na qual o sistema funciona bem. Por outro lado, o objetivo do CNJ é unificar o uso da plataforma em todas as esferas do Poder Judiciário, por intermédio da adoção do Sistema 2.0.  “A nova versão é infinitamente melhor, mais prática, econômica, célere, com menos cliques e sem poluição visual. O projeto foi encampado pelo CNJ e precisamos ter um processo eletrônico que compreenda todo o Poder Judiciário. Os tribunais tendem a aderir o PJe 2.0 e a Justiça do Trabalho não pode ficar fora disso”, assinalou o conselheiro.

O magistrado anunciou que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e o CNJ estão finalizando as tratativas para a assinatura de um termo de cooperação técnica, visando a implantação do sistema 2.0 na Justiça do Trabalho. “A partir da assinatura, vamos traçar um cronograma. A migração é automática, sem necessidade de curso ou manual”, complementou.

O conselheiro Campelo contextualizou o processo de implantação do PJe no CNJ, que teve início com um projeto-piloto desenvolvido no Tribunal de Justiça do Piauí e assinalou as vantagens, uma vez que o sistema permite operação em tablets e celulares, dispensando o uso de token, com acesso via senha. Campelo reforçou também a necessidade de uniformização, com o uso de um sistema único por todas as justiças especializadas. “A expectativa é de que os tribunais adiram de forma espontânea e vários deles já demonstraram interesse”.

Além dos 24 tribunais regionais do trabalho, já operam com o PJe cerca de 20 órgãos de justiça brasileiros. A informação é do juiz Bráulio Gusmão, responsável pelo desenvolvimento técnico da ferramenta no CNJ. Ele ressaltou que o Sistema Pje 2.0 foi concebido com olhos no futuro, para facilitar a evolução, pensando nos próximos anos. “Esse é o objetivo com essa nova arquitetura, algo que se dará paulatinamente, com o usuário já percebendo as melhorias”.

Fonte:CSJT